Sou muito bom no que eu faço. E daí?
12/07/2024 confiança
Letícia Guimarães
Ser muito bom no que faz, dentro do ambiente corporativo, pode ser algo muito vantajoso e igualmente perigoso. Para si e para os outros.
A começar pelas vantagens, um (a) profissional com essa característica sempre apresenta resultados acima da média, consistentes, além de engajar o seu círculo de pares, liderados e líderes. Só que não. Vamos começar desconstruindo a tese de que um bom profissional apresenta consistência em seus números. Mito.
Você já viu o resultado de um eletrocardiograma? A oscilação representa vida e a linearidade demonstra que não há mais fôlego ali. Aprendemos com isso, entre outras coisas que, uma jornada, embora com altos e baixos, deve ser constante e com uma visão 360 graus. Esse olhar permite que o (a) profissional realmente bom no que faz, perceba a importância de olhar para trás, no sentido de aprender com os equívocos, olhar para o aqui agora buscando ser efetivo no campo das ações práticas e olhar para frente, com o intuito de planejar, considerando as circunstâncias e mudanças que possam se apresentar.
Paralelo a isso, um (a) profissional que é muito bom no que faz, se não estiver atento (a), corre o risco de comprometer a percepção do próprio lugar na empresa que labora, no mercado em que atua e na vida das pessoas que o cercam.
Logo, pensando na longevidade profissional, pautada pela ideia de um legado de autoridade, cabe uma boa dose de coragem e desprendimento no entendimento de que levantar sucessores vale mais do que qualquer resultado expressivo, pois esta gestação multiplicará as possibilidades de forma inteligente, empregando cada vez mais energia naquilo que realmente importa, potencializando a gestão do seu tempo, números processos e pessoas ao seu redor.